Assisti ao excelente filme brasileiro " Cidade de Deus
" que mostra a realidade da nossa periferia das grandes
metrópoles, com seus problemas de violência e drogas entre
os jovens.
Há anos venho escrevendo sobre a realidade do jovem
brasileiro e a sua falta de perspectiva de um futuro melhor.
O seu convívio social diário, a falta de emprego e de
lazer,escolas caras, família desestruturada, o leva para a
marginalidade. No auge de sua esperança ele só encontra
barreiras. Não há política pública que viabilize a
inserção do jovem na cidadania. Lamentavelmente só algumas
poucas exceções.
A
falta de habitação digna para famílias com renda de até
três salários mínimos também é um fator agravante da
violência que coloca o jovem no mapa de exclusão social.
Por
exemplo:
Mais
da metade da população paulistana, em levantamento feito
pela Prefeitura de São Paulo, vive em padrões muito baixos
de qualidade de vida (renda, esperança de vida, escolaridade
)de acordo com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da
ONU.
Regiões
poluídas de violência não atraem investimentos e empregos.
A escolaridade é outro fator negativo.Apenas 4% da
população chega a universidade, e cerca de 25% dos jovens
estão desempregados.
Os
jovens de 16 a 24 anos de idade, representam 21% dos eleitores
do país.
Está
mais do que na hora do voto ser dado a quem lutar por
políticas públicas para os jovens.
Na
periferia é onde mais se encontram mães solteiras ou
separadas que mantém seus filhos, deixando-os para poder
trabalhar, nas mãos de vizinhos, ou mesmo nas ruas, criando
um potencial de risco para a criança ou o jovem.
O
maior crime que se comete, é não dar esperança ao jovem.
Os
órgãos públicos não sobem o morro e quando o fazem são
com medidas paliativas. O tráfico de drogas é quem manda,
Quando um jovem é assassinado, já existe um monte de outros
para substituí-lo.
É
O CHAMADO PODER PARALELO.
A
falta de emprego, as desavenças familiares e o desinteresse
pela escola, são as principais causas do domínio dos
traficantes para aliciar o jovem.
Temos
que atentar para o jovem e urgente, caso contrário, o nosso
futuro não será dos melhores.
Os
políticos falam muito de qualificação do jovem,porém, se
não vier com oferta de emprego, de nada adiantará.
Há
muito jovem formado em universidade que não tem
emprego.Imagine o jovem da periferia, com baixa escolaridade
ou nenhuma.
A
prevenção à criminalidade se faz com educação,emprego e
repressão,com melhoria da segurança pública.
Seria
importante que os políticos assistissem o filme e planejassem
as suas cidades com programas de inserção municipais para
jovens, a fim de transformar a realidade social.
O
filme, uma ficção colorida,nos mostra uma realidade negra e
amarga:
A DOS SEM FUTURO.
Que
Deus ilumine os políticos que tomam posse em 2003.
Livrai
os jovens das tentações e das más companhias e lhes dê
esperanças.
Milton
Bigucci
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