08 de setembro de 2004


Mãe é obrigada a escolher um dos dois filhos

 para salvar dos terroristas da Tchetchênia que invadiram a escola de Beslan na Rússia.

 Escolheu o filho Alan de 2 anos para sair 

com ela e deixou a filha Alana de 6 anos com os terroristas.

 Não há notícias sobre a menina. 

Foi a meu ver, a cena mais triste do massacre 

ocorrido neste setembro de 2004.

 Uma mãe ter que optar por salvar um filho

 e deixar o outro refém. 

Que mundo é esse, onde 366 pessoas 

(156 crianças) morrem e 700

  foram feridas entre reféns e terroristas?

 Há ainda mais de 200 pessoas desaparecidas. 

Nada justifica o terrorismo contra uma criança ou a reação oficial, causando o massacre de outras.

 Homens-bomba matando crianças

 indefesas por uma causa. 

Será que pode haver alguma causa 

que justifique matar 156 crianças inocentes? 

Nem somente o Alan e a Alana justificaria tal selvageria. 

O que fizeram essa mãe ou seus filhos 

para sofrerem dessa forma?

 Esse quadro de horror deve fazer o mundo refletir.

 Há pouco tempo, em 2002, 

os tchetchenos e as forças russas

 protagonizaram cenas parecidas,

 com mulheres-bombas e 

morte de 129 reféns em um teatro e Moscou.
O fato é que todo ato terrorista 

causa uma contra reação maior, 

acirra o ódio e deixa mais distante

qualquer possibilidade de paz.
Assim é no resto do mundo.

 Estamos nos matando no planeta Terra.

 Palestinos e judeus se agredindo há dezenas de anos,

 os bascos em luta constante com os espanhóis,

 ranços de separatismo na velha Yugoslávia, 

os irlandeses e suas brigas religiosas,

 as duas Coréias sempre assustadas,

 uma, com a outra, a Índia fustigando 

o Paquistão e vice-versa, resquícios do 

apartheid na África, os EUA assustados com

 o 11 de setembro e com os afegãos,

 o Iraque tentando expulsar os americanos,

 operários do Nepal sendo degolados em 

frente das câmeras de TV no Iraque,

 jornalistas no cumprimento de seu dever,

 sendo assassinados friamente em

 nome de uma causa.

  Ora nenhuma causa justifica qualquer

 assassinato de pessoas inocentes.
Parece que não são seres humanos.

 Mata-se brutalmente e sem consciência.

 São movidos pelo ódio e pela vingança. 
Assim não haverá fim. 

Nunca haverá paz. Os EUA, maior potência mundial,

  sabem que esta guerra contra o terrorismo, 

talvez nunca chegue a ser vencida.
Aqui na América do Sul, 

salvo algumas poucas guerrilhas no norte,

  os problemas são outros.

 Miséria, subdesenvolvimento e impunidade, 

causando seqüestros, tráfico de drogas

 e violência de todo tipo.
No Brasil, país abençoado por Deus,

 sem terremotos, recheado de riquezas naturais,

 sem lutas fratricidas ou religiosas, 

os problemas se resumem à falta 

de educação ou de berço, e violência 

individual que assustam a população

 nos semáforos, nos carros,

 no lazer, em casa ou no trabalho.
Tenho a impressão que uma melhor 

educação para o povo, um pouco mais de civismo,

 aliados à tolerância zero dos atos criminosos ou contravencionais, poderia trazer ótimos resultados.
Temos tudo para ser o melhor

 país do mundo para se viver. 

Um povo alegre, cada vez mais saudável, 

com maior longevidade e mais escolaridade, 

uma terra fértil com rios caudalosos,

 uma Amazônia pulmão do mundo,

 um celeiro diversificado, e graças a Deus,

 sem terrorismo.
Com um pouco de boa vontade,

 nossa e dos nossos governantes, 

em poucas décadas poderemos ser 

um exemplo para o mundo.

 

Milton Bigucci

 

 

 

 




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