Uma das coisas que mais o homem busca é a felicidade.

E o que mais se ouve

as criaturas afirmarem é que são infelizes.

Esse é infeliz porque não tem dinheiro.

Outro, porque lhe falta saúde, outro

ainda, porque o amor partiu,ou nem chegou.

Um reclama da solidão.

Outro, da família numerosa que

 o atormenta com mil problemas.

Um terceiro aponta o excesso de trabalho.

 Aquele outro, reclama da falta dele.

Alguém ama a chuva, o vento e o frio.

Outro lamenta a estação invernosa que

não lhe permite o gozo da praia, dos gelados e do calor do sol.

Em todo esse panorama, o homem continua em busca da felicidade. Afinal, onde  será que Deus ocultou a felicidade?

Soberanamente sábio, Deus não colocou

a felicidade no gozo dos prazeres

carnais. Isso porque uma criatura

precisa de outra criatura para atingir a sua plenitude.

Assim, quem vivesse só pelos roteiros da terra,

 não poderia encontrar a felicidade.

Amoroso e bom, o Pai também não

 colocou a felicidade na beleza do corpo.

Porque ela é efêmera. Os anos passam,

 as estações se sucedem e a beleza

física toma outra feição.

A pele aveludada, sem rugas, sem manchas,

 não resiste ao tempo. E os

conceitos de beleza se modificam no

suceder das gerações. O que ontem era

exaltado, hoje não merece aplausos.

Também não a colocou na conquista

 dos louros humanos, porque tudo isso é

igualmente transitório.

Os troféus hoje conquistados,

amanhã passarão a outras mãos, mostrando a

instabilidade dos julgamentos e dos conceitos humanos.

Igualmente, Deus não colocou a felicidade

na saúde do corpo, que hoje se

apresenta e amanhã se ausenta.

Enfim, Deus, perfeito em todas as suas qualidades,

 não colocou a felicidade

em nada que dependesse de outra pessoa,

de alguma coisa externa, de um tempo

ou de um lugar.

Estabeleceu, sim, que a felicidade

depende exclusivamente de cada criatura.

Brota da sua intimidade.

Depende de seu interior.

Como ensinou o extraordinário Mestre Galileu:

 "o reino dos céus está dentro de vós."

Por isso, se faz viável a felicidade na terra.

 Goza-a o ser que não coloca

condicionantes externas para a sua conquista.

É feliz porque ama alguém, mesmo

 que esse alguém não o ame. É feliz porque

pode auxiliar a outrem, mesmo que não seja reconhecido.

É feliz porque tem consciência de

sua condição de filho de Deus, imortal,

herdeiro do universo.

Não se atém a picuinhas, porque tem

os olhos fixos nas estrelas, nos

planetas que brilham no infinito.

Se tem família, é feliz porque tem

 pessoas para amar, guardar, amparar.

Se não a tem, ama a quem se apresente carente e desamparado.

Se tem saúde, utiliza os seus dias

 para construir o bem. Se a doença se

apresenta, agradece a oportunidade do aprendizado.

Nada de fora o perturba.

Se as pessoas não o entendem, prossegue na sua

lida, consciente de que cada qual tem

direito a suas próprias idéias.

Se tem um teto, é feliz por poder

 abrigar a outro irmão, receber amigos. Se

não o tem, vive com a dignidade

de quem está consciente de que nada, em

verdade, nos pertence.

Enfim, o homem feliz é aquele que

 sabe que a terra é somente um lugar de passagem.

Que sabe que veio de lugares distantes

 para cá e que, cessado o tempo,

retornará a outras paragens, lares de conforto e escolas de luz.

Moradas do Pai, nesse infinito universo de Deus.

 

***

 

A verdadeira felicidade reside na conquista dos tesouros imperecíveis da alma.

 

Enviado por Manoel Pioli

 

 

 

 

 

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